A Rainha Isabel de Aragão, esposa de Dom Dinis, era uma rainha que se preocupava com os pobres e necessitado. Era lendária a sua bondade, espalhando a caridade pelo reino.
Conta a história que um nobre despeitado informou o Rei Dom Dinis que a Rainha gastava demais nas obras das igrejas, doações a conventos, esmolas e outras acções de caridade, e convenceu-o a pôr fim a estes excessos.
O Rei decidiu surpreender a Rainha numa manhã em que esta se dirigia com o seu séquito às obras de Santa Clara e à distribuição habitual de esmolas, e reparou que ela procurava disfarçar o que levava no regaço.
Interrogada por Dom Dinis, a Rainha informou que ia ornamentar os altares do mosteiro. O Rei insistiu que tinha sido informado que a Rainha tinha desobedecido às suas proibições, levando dinheiro aos pobres.
De repente, e mais confiante, Dona Isabel respondeu: "Enganais-vos, Real Senhor. O que levo no meu regaço são rosas..."
O Rei, irritado, acusou-a de estar a mentir: “Rosas em Janeiro, Senhora?!...” E obrigou-a, a revelar o conteúdo do regaço.
A Rainha Dona Isabel mostrou, então, perante os olhos espantados de todos, o belíssimo ramo de rosas que guardava sob o manto, repetindo: “São rosas, Senhor!....”
O Rei ficou sem palavras, convencido que estava perante um fenómeno sobrenatural, e acabou por pedir perdão à Rainha que prosseguiu na sua intenção de ir levar as esmolas.
A notícia do milagre correu a cidade de Coimbra e o povo proclamou Santa a Rainha Isabel de Portugal.
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