segunda-feira, 1 de agosto de 2011

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- Tânia, tira aí um café ao Dr. Queirós!
- Cheio, Tânia, se faz favor! - acrescentou o Dr. Queirós, enquanto se sentava na sua mesa habitual, desdobrando o jornal que trazia consigo.
Júlia conhecia o Dr. João Queirós desde os seus tempos de menina. Era ele então um jovem professor de Físico-Química, bonitão, achava ela nos seus doze anos. Muito conversador, criou grande amizade com o senhor Basílio, pai de Júlia, que, nesse tempo, cultivava no seu café o gosto pela conversa, pelas tertúlias. Havia sempre especialistas, ora em futebol, ora em política, ora em literatura… e depois uns atraíam os outros. Júlia dava-se bem nesse ambiente. Quando, ao sair da escola, passava por lá, aproveitava para fazer os trabalhos de casa e, muitas vezes, ficava pasmada a ouvir, a ouvir…. “Bons tempos!...” suspirou para consigo.
Foi ela própria levar o café à mesa do Dr. Queirós.
- A miúda hoje não está nos seus dias… – disse ele em voz baixa, de modo a que Tânia não percebesse.
- Também me parece. Mal falou desde que chegou. Deve ter havido mais alguma lá em casa!....

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