terça-feira, 30 de outubro de 2012

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Reformados estão a organizar protesto nacional

Veja AQUI

Reformados estão a organizar protesto nacional - País - Notícias - RTP

Para que conste...


"Car@s Amig@s Reformados e Pensionistas
A situação em que o Orçamento do Estado vai colocar o país é particularmente gravosa para os Reformados e Pensionistas que, para além dos novos escalões  do IRS e da sobretaxa, ainda vão ser sujeitos a um corte no seu salário desde que superior a 1350 euros ilíquidos.
Estas medidas põem em causa a esperança num final de vida digno e prejudicam gravemente a possibilidade de apoio aos filhos e netos desempregados, numa voragem assustadora. A falta de uma estrutura que nos represente levou-nos a pensar na criação de um amplo movimento cívico, com carácter reivindicativo, que possa pressionar os órgãos de soberania e tomar outras medidas, nomeadamente o recurso a tribunais (nacionais e europeus) de forma a garantir os nossos direitos. A contribuição ao longo da nossa vida foi um depósito que entregámos mensalmente ao Estado, supondo ser uma “pessoa de bem” que nos garantiria na reforma um vencimento em função do que foram os descontos. Mas não! O Estado quer acabar com a classe média e esmaga os mais fracos, grupo onde nos encontramos.
Este pró- Movimento (por enquanto sem nome) vai reunir pela primeira vez no dia 22 de Outubro, pelas 18H00 na ACM (Rua Alexandre Herculano – entre os Arcos do Jardim e a Praça da República) a fim de se avançar para a formalização do mesmo e de ser aprovado um esquema organizativo que permita a eficácia das decisões. O contributo de todos os que puderem estar presentes é decisivo pois estamos num momento crucial das nossas vidas e temos que dar voz ao futuro. Quem não puder estar presente pode enviar o seu contributo através deste endereço electrónico. Quero pedir-vos que difundam este encontro através da vossa rede de contactos, redes sociais e blogs, a todos os reformados e pensionistas que conheçam, seja qual tiver sido a sua profissão.
Todos juntos teremos mais força.
Ontem lançámos a primeira “pedra” através da minha presença durante 2 minutos no noticiário das 13H00 na SIC. Hoje o Diário “As Beiras” traz uma notícia sobre o Movimento e espero a divulgação amanhã através do Diário de Notícias. O feedback tem sido positivo.
Contamos com todos.
Rosário Gama (rosariogama@gmail.com)"

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

coisas que não tenho feito...

Tricot

E, a propósito, encontrei este texto aqui :
"... Existem vários estudos que falam dos benefícios para a saúde de tricotar. Os movimentos repetitivos que efectuamos provocam uma sensação de relaxamento no corpo que ajuda a aliviar o stress, a ansiedade, a depressão, baixam a pressão sanguínea e ajudam inclusive a gerir a dor crónica.
Médicos explicam que tricotar altera a química do cérebro, no sentido que diminui a libertação das hormonas do stress e aumenta os níveis de serotonina e dopamina, que provocam o bem-estar. (Será por isso que estou viciada?). Muitos falam que esses movimentos repetitivos activam as mesmas partes do cérebro que a meditação e o yoga.
Penso que sentirão a mesma coisa: tricotar ajuda-nos a conectar com nós mesmos. Numa altura em que estamos tão virados para as solicitações exteriores, o momento em que tricoto é também um momento de encontro comigo.
Tricotar ajuda-nos a ser pacientes, tricotar toma o tempo. Tricotar é um acto criativo e é generosidade de horas passadas ao redor de uma peça que vai ser oferecida.
Em relação às crianças existem múltiplos benefícios também. Ainda me cruzo com várias pessoas de mais idade que aprenderam na escola técnicas de tricot, mas isso deixou de acontecer nas nossas escolas.
Nas escolas Waldorf integram o tricot no que equivale ao nosso 1º ano do 1º ciclo. Tricotar aumenta a interacção entre o lado direito e esquerdo do cérebro. Tricotar faz-nos seguir esquemas, desenvolve a motricidade fina que mais tarde vai ser tão solicitada. O tricot também faz uma óptima parceria com a matemática, pois dá-nos uma concretização prática da adição e da multiplicação. Além disso tem muito de resolução de problemas e lógica."

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

:(((

Palavras para quê?!


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

afinal a história repete-se

"Roubado"  DAQUI (com permissão...)




«Podem e devem fazer-se esses sacrifícios?
Eu reputo-os imprescindíveis; direi mais, eles têm de fazer-se: a nós só compete escolher a forma de fazê-los. (...)
Mas não tenhamos ilusões; as reduções de serviços e despesas importam restrições na vida privada, sofrimentos, portanto. Teremos de sofrer em vencimentos diminuídos, em aumentos de impostos, em carestia de vida. Sacrifícios, e grandes, temos nós já feito até hoje, e infelizmente perdidos para a nossa salvação; façamo-los agora com finalidade definida, integrados em plano de conjunto, e serão sacrifícios salutares.
É a ascensão dolorosa dum calvário. Repito: é a ascensão dolorosa dum calvário. No cimo podem morrer os homens, mas redimem-se as pátrias!»

António de Oliveira Salazar, 9 de Junho de 1928 

coisas da Física...

Este ano Portugal será um forte candidato ao prémio Nobel da Física!




Depois da descoberta do átomo, do neutrão, do protão e do electrão, acabou de ser descoberto o pelintrão.

Como se caracteriza o pelintrão?

O pelintrão é um português sem massa e sem energia, mas que suporta qualquer carga!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

tomei nota... #1

Li ontem aqui um texto de Rui Bebiano , sobre o qual é bom reflectir e é bom que não nos esqueçamos...
Não deixemos que nos tornem "tão infelizes, monocórdicos, repetitivos", que nos façam perder de vista a beleza das coisas e nos tornemos "mais pequenos, mais submissos".
(Quadro de Renoir)
"...Combinar a beleza da criação e da contemplação, por um lado, com o empenho solidário na mudança do mundo, por outro, só se consegue através de uma luta dura, diária, na qual temos de nos esforçar por derrotar o mal e, pelo meio, não perder a humanidade."

terça-feira, 9 de outubro de 2012

lennon

John Lennon faria hoje 72 anos...


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

claro como água...


YALE, CAMPO DE OURIQUE

Miguel Sousa Tavares (in Expresso, 29/9/2012)


«Quando o Governo subiu o IVA de 13 para 23% na restauração, António, temendo as consequências da subida de preços no seu pequeno restaurante de Campo de Ourique, resolveu encaixar ele o aumento...

sem o repercutir no preço das refeições. Aguentou até poder, mas mesmo assim a clientela começou a baixar lentamente: parte dela, que lhe assegurava umas trinta refeições ao almoço e metade disso ao jantar, era composta por funcionários públicos, que trabalhavam ali ao lado e cujos salários e subsídios tinham diminuído, com a medida destinada a satisfazer as condições do "ajustamento" da economia.

Quando reparou que Bernardo, um cliente fiel e diário, tinha passado a frequentar os seus almoços apenas três vezes por semana, António tomou aquilo como sinal dos tempos que ai vinham: sem outra alternativa, despediu a ajudante de cozinha, ficando apenas ele e a mulher no serviço de balcão e mesas e, lá dentro, um cozinheiro sem ajudante. Mas a seguir notou que também Carolina e Deolinda, que vinham almoçar umas três vezes por semana, agora vinham apenas uma e pouco mais comiam do que saladas ou ovos mexidos. Em desespero, teve de subir os preços e Eduardo, um reformado cuja pensão tinha diminuído, desapareceu de vez. Foi forçado a cortar drasticamente nas compras a Francisco, o seu fornecedor de peixe, e a atrasar-lhe os pagamentos: com cinco outros restaurantes, seus clientes, na mesma situação, Francisco viu o seu lucro reduzido a zero e optou por fechar a sua pequena empresa e inscrever-se no Fundo de Desemprego.


Mais tarde, quando Gaspar, o ministro das Finanças, anunciou mais um aumento do IRS e declarou que o "ajustamento" não se faria através do consumo interno, também Bernardo desapareceu para sempre e, depois de três meses sentado na sala vazia, dando voltas a cabeça com a mulher e tendo ambos concluído que já era tarde para emigrarem, António tomou a decisão mais triste da sua vida, encerrando o restaurante Esperança de Campo de Ourique e indo os dois engrossar também o rol dos desempregados a conta do Estado.


Apesar de ter gasto parte, agora importante, das suas poupanças de anos a anunciar o trespasse, António não conseguiu que ninguém lhe ficasse com o estabelecimento e não lhe restou alternativa senão entrega-lo ao senhorio Henrique, para não ter de pagar mais rendas. Quando desabou, demolidor, o novo aumento do IMI, já Henrique tinha desistido de conseguir alugar o espaço ou mesmo vender o imóvel: não pagou e deixou que as Finanças lhe levassem o prédio.


Assim se concluiu, neste pequeno microcosmos económico de Campo de Ourique, o processo de "ajustamento" da economia portuguesa: vários trabalhadores reconvertidos a marmita, cinco outros desempregados, duas pequenas empresas encerradas e um senhorio desprovido da sua propriedade.


Nessa altura, Gaspar, Rufus e Selassie deram-se conta, com espanto, de várias coisas que não vinham nos livros: que, apesar de aumentarem sistematicamente a carga fiscal, podia acontecer que a receita do Estado diminuísse; que os sacrifícios sem sentido implicavam mais recessão e a recessão custava mais caro ao Estado, sob a forma de mais subsídios de desemprego a pagar; que uma e outra coisa juntas não tinham permitido, ao contrário das suas previsões, diminuir o défice ou a dívida do Estado; e que o que mantinha o país a funcionar não eram as grandes empresas e grupos económicos protegidos, nem sequer os 7% de empresas exportadoras, mas sim os 93% de empresas dirigidas ao mercado interno, que respondiam pela esmagadora maioria dos empregos e atendiam as necessidades da vida corrente das pessoas comuns.


E, passeando melancolicamente nos jardins de Yale, numa chuvosa manhã de Thanksgiving, Rufus e Selassie deram com um velho cartaz colado a uma parede, desde os tempos da primeira campanha eleitoral de Bill Clinton: "É a economia, estúpidos!"»



quinta-feira, 4 de outubro de 2012

é......



Duas coisas que nos fariam algum jeito:

1) Um Presidente da República
2) Um PS socialista

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Estamos tramados!


terça-feira, 2 de outubro de 2012

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«Tom aprendera com José Quintero que não se deve roubar pão – o motivo é de ordem religiosa; e que dirigir uma peça ou um filme é procurar algo de tímido e de interior, escondido nos bosques do nosso ser.
Era o começo do Outono e as folhas desprendiam-se das árvores; à noite fazia frio. No teatro, fazia sempre frio. Tom tinha visto tantas raparigas a lerem o papel, que começava a sentir-se aborrecido. Uma das actrizes profissionais do primeiro dia…
A rapariga foi a última da tarde. Ele viu-a atravessar a sala e subir para o palco sem grande interesse. Era bonita, o cabelo louro comprido, o corpo magro, vestia um casaco preto de cabedal que tirou antes de sentar-se. Por baixo vestia uma T-shirt branca, sem mangas, e uma saia preta que lhe ficava alguns centímetros acima do joelho. Botas pretas. Parecia cansada.
Tom conhecia aquele cansaço. Não era o cansaço de quem trabalhara muito naquele dia, de quem trabalhara muito na véspera, mas a simples dor de estar vivo. Devia ter vinte e nove ou trinta anos. Ele conseguia ver a sua história nos olhos cor de avelã. O trabalho num bar para pagar os estudos, um ou dois bons papéis, inúmeras audições e depois nada. Pequenos papéis em peças que saíam de cartaz ao fim de umas semanas e nada.»

[in O Lago, de Ana Teresa Pereira, Relógio d'Água, 2011]