
Sempre encorajada pelo pai a interessar-se pela ciência, Marie termina os estudos aos 15 anos e passa a trabalhar como professora particular antes de se mudar para Paris em 1891, aos 24 anos, para continuar os seus estudos. Em 1894, conhece o professor Pierre Curie com o qual se casa no ano seguinte, passando então a ser chamada de Madame Curie. Na época Pierre trabalhava no Laboratório de Física e Química Industrial, no qual trabalhariam juntos mais tarde.

Em 1898, após o nascimento da sua primeira filha, Irene (que também ganhou um prémio Nobel de Química em 1935), Marie Curie inicia seus estudos sobre a radioactividade que Henry Becquerel havia descoberto dois anos antes (o termo “radioactividade” só foi introduzido por Marie Curie em 1898, mas Becquerel já havia feito alguns estudos sobre a radiação emitida pelos compostos de urânio em 1896, tendo contudo abandonado esses estudos por não os considerar promissores. Até então referia-se ao fenómeno como “hiperfosforescência”).

Em 1904 nasce a sua segunda filha, Eve.
Após a morte de seu marido em 1906, tragicamente atropelado por uma carruagem em Paris, Marie continua a estudar a radioactividade, principalmente as suas aplicações terapêuticas e, em 1911, recebe outro prémio Nobel, desta vez em Química, pela sua descoberta dos elementos Polónio e Rádio, que não patenteou propositadamente, para estimular novas pesquisas sobre o assunto.
Desde então, e até ao fim da sua vida (faleceu em 4 de Julho de 1934, vítima de leucemia, provavelmente agravada pelas doses de radioactividade a que se expôs), o seu trabalho mais notável foi principalmente político: durante a Primeira Guerra Mundial, defendeu o uso de aparelhos de radiografia portáteis, angariou fundos para a criação do Instituto do Rádio Francês (fundado em 1925) e dirigiu o Instituto Pasteur.
"A vida não merece que a gente se preocupe tanto."
Marie Curie
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